Algumas são feitas a partir de partes de microorganismos, como porções da sua cápsula ou da sua parede. Um exemplo deste tipoi de vacina é a vacina conjugada 13-valente contra o pneumococo. Outras vacinas são feitas a partir do próprio microorganismo causador da doença, que é submetido à inativação. São as chamadas vacinas inativadas. Em outras palavras, os microorganismos estão mortos, e portanto não podem causar doença quando injetados. A vacina contra a gripe é um exemplo deste tipo de vacina. Há vacinas que contém os microorganismos em si, vivos, mas enfraquecidos. São as chamadas vacinas atenuadas. Estas vacinas podem, em raras situações, causar a doença em questão, e por este motivo são contra-indicadas parcial ou totalmente para algumas pessoas. A vacina contra a varicela e a vacina contra a febre amarela são exemplos destas vacinas. Ainda, há vacinas feitas a partir de partículas semelhantes aos microorganismos, e que também não são capazes de causar doença quando injetadas. As vacinas contra o papilomavírus humano (HPV), são exemplos destas vacinas.

Sim, as vacina são seguras e tem prevenido doenças graves ao longo dos últimos séculos.

Sim. As vacinas são medicamentos e, como tal, podem causar efeitos colaterais. A maioria destes efeitos são leves, de baixa gravidade, e duram cerca de 24 horas. Os efeitos colaterais mais comuns são dor e vermelhidão no local onde a vacina foi aplicada. Algumas pessoas, especialmente crianças pequenas, podem ter febre baixa no dia da vacinação. Outros sintomas, como dores pelo corpo, irritabilidade e mal-estar também podem ser observados, com frequência menor. Efeitos colaterais graves, como reações alérgicas graves, choque e síndromes desmielinizantes são raros. Ainda, pessoas que tem alergia a algum componente de alguma vacina podem experimentar efeitos colaterais mais sérios, e devem sempre receber orientação vacinal previa – ou do seu próprio médico, ou da equipe de imunizações. Isso vale, por exemplo, a pessoas alérgicas a ovo e látex.

As vacinas que são feitas a partir de microorganismos vivos atenuados, como a vacina contra a febre amarela, a vacina oral contra a poliomielite, e vacina contra a hepatite A e contra a varicela, podem causar doença em pessoas que não tenham um sistema imunológico íntegro. Por este motivo, elas são contra-indicadas parcial ou completamente para pessoas que são imunocomprometidas: pacientes com câncer em vigência de quimioterapia, pacientes transplantados, pacientes portadores de HIV, pacientes em uso de drogas imunossupressoras (tratamento para reumatismos, para esclerose múltipla, dentre outros), prematuros, crianças menores de 1 ano e pessoas que tem imunodeficiência congênita.

Existem vacinas que são recomendadas durante a gravidez, como a vacina contra a gripe, por exemplo. Entretanto, há vacinas que são formalmente contraindicadas tanto na gravidez como no período de amamentação, como a vacina contra a rubéola e contra a febre amarela, por exemplo. Por este motivo, é fundamental que a paciente informe à equipe de imunizações se está gestando ou amamentando, ou mesmo se pretende engravidar nos trinta dias que seguem à imunização.

Não. Isso foi um mito que se criou, a partir da publicação mal-intencionada e criminosa feita por um médico inglês chamado Andrew Wakefield, na década de noventa. Este médico teve seu registro cassado, e ficou impossibilitado de exercer sua profissão.

Não. Algumas operadores de planos de saúde tem suas próprias clinicas de imunizações, e algumas empresas reembolsam o valor das vacinas aplicadas na rede privada. As únicas vacinas que são fornecidas em hospitais privados, sem custo, são a BCG e a primeira dose da vacina contra a hepatite B, ainda nas primeiras 24 horas de vida dos recém-nascidos. Ainda, a imunoglobulina anti-tetânica e a vacina contra o tétano podem eventualmente ser fornecidas quando do atendimento a pacientes com ferimentos com risco potencial para tétano, em pronto-socorros privados, no momento do atendimento.